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Sou uma mulher que anda de salto alto;E uma menina que brinca no balanço...Sou uma mulher que luta...E uma menina que chora;Sou uma mulher cheia de desejos.E um menina cheia de sonhos...Sou uma mulher que briga;E uma menina que perdoa...Sou uma mulher que faz regime...;E uma menina que se “entope "de sorvetes e chocolates;Sou uma mulher que grita;E uma menina que ouve;Sou uma mulher que fica triste,E uma menina que da risada...Sou uma mulher que tem grandes irmãos;E uma menina cheia de “coleguinhas”...Sou uma mulher que acredita em Deus...;E uma menina que confia no “Papai do céu“...Sou uma mulher que “encanta“e uma menina que aplaude.Sou uma mulher que sobrevive longe do amor.E uma menina que chora de saudade...

28 de junho de 2011

Encontro com os autores

Passei a tarde na Academia Brasileira de Letras. Tivemos o Encontro com Autores da Biblioteca do Professor. Discutimos as motivações dos escritores, promoção da leitura entre jovens e o ensino da norma culta. Muito bom! foram o Zuenir Ventura e o Luis Fernando Veríssimo,adoroooooooooo Veríssimo, e o Zuenir foi perfeito!!!! adorei, adorei!!!
Não sobram muitas perguntas a se fazer a Luis Fernando Verissimo e Zuenir Ventura depois de "Conversa sobre o tempo". Família? Amigos? Jornalismo? Literatura? Política? Sexo? Morte? Vida? Numa longuíssima entrevista mediada por Arthur Dapieve, os dois amigos percorreram os assuntos mais diversos e ainda toparam que o resultado fosse editado num livro, cuja publicação está marcada para a semana que vem, pela editora Agir. O pouco que sobra são questões relacionadas ao ato de responder perguntas, ao processo de elaboração de "Conversa...". Como possíveis mentiras ou arrependimentos, por exemplo. - Eu me arrependo de não ser mais articulado. Gostaria de ter dito o que disse com mais jeito - diz Verissimo. - E não menti. Mas, é claro, posso estar mentindo agora. - Como foram conversas muito soltas, descontraídas, mais para sessões de psicanálise do que para entrevistas, eu talvez dissesse de outra maneira algumas coisas ditas ali. Teria que reler. Um dos vícios do jornalista, você sabe, é reescrever sempre - explica Zuenir. - Eu diria que intencionalmente não menti. Mas, como não tenho boa memória, posso ter feito algumas confusões, ter me enganado algumas vezes. Afinal, é muito tempo, muita vida para uma pessoa só lembrar. As lembranças que deram origem a "Conversa..." surgiram em julho de 2009, durante cinco dias em que o trio passou confinado numa fazenda em Areal, a cem quilômetros do Rio. "Imaginei estar a caminho de mediar um reality show bastante singular", escreve Dapieve na introdução. Cada sessão de entrevistas era registrada por dois gravadores, para evitar sustos. O mediador, à la Pedro Bial, foi dando corda, deixando para seus entrevistados o papel de discorrer sobre os temas mais variados que naturalmente surgem em 78 (Zuenir) e 73 (Verissimo) anos de experiências. - Eu acho que, com eles, aprendi que as coisas passam. Quando somos mais jovens, temos dificuldade para perceber que existe um amanhã. Pessoas com a capacidade de introspecção que eles têm nos ajudam a ver que momentos difíceis acabam ficando para trás - avalia Dapieve Aprendi que as coisas passam. Quando somos mais jovens, temos dificuldade para perceber que existe um amanhã. Pessoas com a capacidade de introspecção que eles têm nos ajudam a ver que momentos difíceis acabam ficando para trás No livro, a dupla de entrevistados trata das drogas legais e ilegais ("No meu tempo, o máximo de depravação era desmanchar um Melhoral na cuba-libre", brinca Verissimo), da iniciação sexual em... você sabe onde ("A Viuvinha resolvia todos os nossos problemas", esclarece Zuenir) e de algumas inspirações escolhidas a dedo ("E nem uma paixão platônica, como pela Patrícia Poeta...?", pergunta Dapieve). São papos ora bem-humorados, ora sérios. Ao falar da família, Zuenir e Verissimo demonstram amor pelos filhos, netos e mulheres. Sim, sim, é claro que todo mundo costuma se referir à família com carinho, mas nem todo mundo abre o coração para que frases sinceras sejam impressas num livro. Um afirma: "Eu não me lembro de ter feito declarações explícitas, do tanto que eu gostava e gosto da Mary (Mary Ventura, mulher de Zuenir há 47 anos). Acho que, por pudor, sei lá, por machismo, ou qualquer coisa, isso nunca foi verbalizado". O outro não deixa por menos: "Ela (Lucia Verissimo, mulher de Luis Fernando há 46 anos) disse uma vez que a coisa que ela mais inveja são os casais que depois de anos casados ainda andam de mãos dadas. É uma coisa que gaúcho jamais admitiria". - Nós fomos nos soltando com o passar do tempo. Eu ia alternando as conversas possivelmente mais pesadas com as mais leves - explica Dapieve. - Eu me surpreendi com algumas histórias da infância do Zuenir, de dificuldades materiais. Não é um ambiente de onde imaginamos que vá surgir um intelectual. Pelo lado do Verissimo, acho que uma parte mais tocante foi a morte do pai dele, o Erico. Eu não tinha noção do que ele presenciou. O livro sugere um sumário, dividindo suas 250 e tantas páginas de vida em quatro seções - "Amizade e família", "Paixões", "Política" e "Morte" -, mas nada que procure guiar demais o leitor. Numa biografia, o que prevalece é o caminho que o autor resolve percorrer. Numa obra de perguntas e respostas como "Conversa...", cabe ao entrevistador sugerir uma linha de pensamento, mas o controle é mais frágil, às vezes nulo, ainda mais quando são dois entrevistados e não apenas um, e quando esses dois têm uma capacidade enorme de argumentação. Zuenir e Verissimo volta e meia abrem parêntesis, às vezes até colchetes, num assunto, enquanto Dapieve deixa o papo fluir. As narrações da namorada masoquista e húngara de Verissimo ("Foi um caso que durou pouco por falta de violência da minha parte") ou da vez em que Zuenir ficou preso com Hélio Pellegrino ("Numa época em que as pessoas pagariam fortuna para fazer análise com o Hélio, eu fiquei com ele de graça") talvez não surgissem numa entrevista mais controlada, nem num texto biográfico. - Uma biografia tenta dar sentido a uma vida, procura organizar os fatos de forma que eles caminhem em direção a um desenlace. Mas o tipo de relato que fizemos não tem isso. Ele se aproxima mais da vida da pessoa do que uma biografia ou um perfil. Não tem uma moral da história. São passagens fragmentadas de como eles experimentaram ou viveram determinado fato - diz Dapieve.

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