Sozinha em casa e em uma vontade ainda de comer chocolate. Batizado de theobroma, que em grego quer dizer alimento dos deuses, o chocolate é realmente uma iguaria que exerce um fascínio nas pessoas. A textura e o sabor despertam os sentidos e provocam emoções.
Mas não se preocupe que o chocolate não é só um vilão na sua dieta. Ele também traz muitos nutrientes, e, acredite, até felicidade! A nutricionista Lilian Mika Horie, do GANEP, Grupo de Nutrição Humana desmistifica o famoso chocolate.
O chocolate contém teobromina e tiramina, duas substâncias que estimulam os neurônios, melhorando o raciocínio. O coração é beneficiado pela teobromina presente no chocolate, que por ser uma substância estimulante age não apenas no sistema nervoso central, mas também sobre o sistema muscular, favorecendo também o funcionamento do coração.Possui ainda vitaminas A, B1, B2, D e E, alguns minerais (cálcio, fósforo, potássio, magnésio e traços de ferro e cobre), ácido oléico (presente no cacau) e flavonóides. O chocolate amargo, feito do cacau puro e sem a adição das gorduras do leite, contém alto teor de flavonóides, antioxidantes que reduzem os riscos das doenças cardiovasculares. A presença do ácido oléico, encontrado no cacau, pode controlar os triglicérides e aumentar o bom colesterol (HDL).
A existência da feniletilamina no chocolate estimula a produção de serotonina, substância cerebral que dá sensação de prazer e calma, associada à sensação de felicidade. A presença de estimulantes alcalóides, como a cafeína e a teobromina, geram efeito energético sobre a concentração e a capacidade física de quem o consome em quantidades moderadas.
As mulheres gostam mais de chocolate. Principalmente durante a fase da TPM, pois ele contém uma substância chamada feniletilamina, que age estimulando a produção de serotonina no cérebro. A serotonina atua numa área relacionada às emoções, promovendo bem-estar e aliviando a tensão. Ingredientes do cacau são psicoativos e desencadeiam reações químicas no cérebro, semelhantes às que acontecem quando estamos apaixonados. O chocolate também fornece doses de feniletilanina, que é um antidepressivo natural.
Chocolate é afrodisíaco
O chocolate tido como afrodisíaco é uma crença popular, difundida há séculos. O que se sabe é que ele estabiliza neurotransmissores relacionados a sensações prazerosas, como a dopamina e a serotonina, e favorece a liberação de endorfinas e encefalinas que produzem o prazer.
O chocolate contém ácidos graxos com atividade canabinóide, ou seja, que ativam as mesmas regiões no cérebro que são estimuladas pelo princípio ativo da cannabis sativva conhecida popularmente como maconha. Além disso, as substâncias do chocolate também parecem estimular o aumento nas concentrações de anandamina um canabinóide produzido pelo próprio corpo. O doce conta com outros compostos (como as metilxantinas, teobrominas e o açúcar ou aspartame) responsáveis pelo bem-estar do consumidor. Estas substâncias difundem-se facilmente através da placenta e pelo leite, portanto, podem ser absorvidas pelo embrião na gestação e pelo bebê durante a lactação. Na América do Norte foi detectada uma síndrome de hiper-excitabilidade que acometeu recém-nascidos de mães que consumiram grandes quantidades de chocolates durante a gravidez e lactação.